Audiência na Câmara reúne autoridades e lideranças para debater questões relacionadas à segurança pública municipal

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Audiência na Câmara reúne autoridades e lideranças para debater questões relacionadas à segurança pública municipal


 

IDEIAS

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Os casos de violência e criminalidade voltaram a causar preocupação em Paraguaçu de maneira mais intensa nos últimos meses. Em função disso, a Câmara mobilizou-se em torno de uma audiência voltada a discutir caminhos e alternativas para amenizar os problemas verificados no município.

 
Na noite de 15 de outubro, a Comissão de Educação, Saúde, Cultura e Meio Ambiente da Câmara promoveu uma audiência destinada a debater os rumos da segurança pública em Paraguaçu. Ainda que o público presente não fosse numeroso, ele foi participativo e pôde acompanhar um debate bastante produtivo e esclarecedor.

 
Para compor a mesa de discussões, estiveram presentes os vereadores da comissão realizadora, Claudiney Teté, Joaquim Bocudo e Rafael da Quadra, o líder do bloco de oposição na Câmara, vereador Selmo Silva, o comandante da Polícia Militar em Paraguaçu, tenente Waldecy Donizetti Gonçalves, o delegado da Polícia Civil, Eduardo Braga, o presidente da Aciap, da CDL e da Coomap, Nilson Andrade, além dos representantes do Conselho Municipal de Segurança Pública, Paulo Henrique Inoue, e do Conselho Tutelar, Bruno Alves Campos.

 
Por mais de duas horas, a audiência desenvolveu questões relacionadas à segurança com o direcionamento de sete eixos temáticos distintos: segurança comercial; segurança residencial; segurança rural; combate às drogas; policiamento; polícia judiciária, conselho tutelar e patrimônio público.

 

 

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PALAVRA DA POLÍCIA
Já na rodada inicial de discursos, os vereadores explicaram seus objetivos e cobraram maior vigor do poder público para combater o problema.

“Eu pessoalmente venho recebendo várias reclamações sobre a segurança do nosso município, seja do pessoal do comércio, seja nas residências, seja na zona rural. Como vereador, o que eu posso fazer é procurar saber o que está acontecendo e questionar o poder público sobre o que ele pode fazer para ajudar a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Promotoria, o juiz. Eu acho que todos unidos somos mais fortes”, conclamou Selmo Silva.

Enfático em seus comentários, o tenente Waldecy destacou a disposição da Polícia Militar em prestar um serviço de excelência no município, mas revelou que o efetivo paraguaçuense é deficitário. “Nós no momento estamos com 15 policiais militares aqui no município. O previsto são 19 e o ideal, na minha concepção, são 23 na cidade de Paraguaçu”, disse.

“Até o dia 30 de setembro desse ano, a PM realizou 263 prisões e apreensões e até a semana passada havia apenas 30 detentos fechados na cadeia pública. Há uma discrepância muito grande. É culpa do delegado? É culpa do promotor? É culpa do juiz? Não! A culpa é da lei, que é muito branda”, emendou Waldecy.

Para o policial, a tendência inevitável para a segurança pública é o trabalho de vídeo monitoramento, em especial nos pontos de entrada e saída da zona urbana. Ele argumentou ainda que é preciso relativizar a avaliação de que a criminalidade em Paraguaçu está aumentando.
O delegado Eduardo Braga, por sua vez, lamentou o fato de a população de modo geral desconhecer as reais funções da Polícia Civil e, principalmente, a estrutura de trabalho bastante adversa existente em Paraguaçu, o que acaba por dificultar a atuação dos agentes na investigação criminal. De qualquer maneira, ele enfatizou que há caminhos para avançar e que não podemos nos curvar diante das dificuldades.

 

“Infelizmente o modelo assumido pelos últimos governadores e o atual é de que o município seja responsável pela segurança pública, quando na verdade pelas nossas leis esse dever é do governo do estado. Ele é que deveria suprir as nossas necessidades. Mas quando o governador não supre, é correto cruzar os nossos braços, deixando as instituições fracassadas, esmorecendo e encurvando diante da criminalidade?”, provocou o delegado. “Eu acredito que são necessárias algumas ações. Primeira: o deslocamento de políticos da nossa cidade a Belo Horizonte tentando aparelhar tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar com pessoal e viatura e outras coisas. Paralelamente a isso, como medida emergencial, tentar fazer com que o município, até que a realidade se torne boa a nossos olhos, continue nos ajudando”, avaliou Eduardo.

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ACIAP E CONSEP
Falando em nome do setor comercial, o presidente da Aciap e da CDL Paraguaçu, Nilson Andrade, mencionou uma reunião anterior realizada também para discutir ações no ramo de segurança e salientou a necessidade de trabalhar em conjunto no município.

 

“A Associação Comercial e a Câmara de Dirigentes Lojistas abriu suas portas há poucos dias por sugestão da PM para bater um papo e trocar opiniões a respeito do problema da segurança. E naquele dia o sargento Waldecy fez as suas exposições e aconteceram alguns questionamentos. Mas de qualquer jeito a gente fica um pouco preocupado, porque está muito longe daquilo que realmente precisa acontecer aqui em Paraguaçu. É muito fácil fazer críticas, fazer comentários negativos quando as coisas acontecem, mas na hora de vir aqui para trocar opiniões, dar sugestões e ver o que pode ser feito, a gente fica bastante limitado. Eu espero que a coisa caminhe realmente, porque criticar é fácil e ficar à margem dos fatos, na acomodação, é de se lamentar”, ponderou Nilson.

 

O fortalecimento do Conselho Municipal de Segurança Pública como órgão que concentra algumas demandas de segurança e articula o diálogo entre a população e as autoridades surgiu como proposta e um apelo na fala do seu presidente.

“Hoje nós dependemos exclusivamente de doações, inclusive com parceria da Aciap. Para manter o Consep nós gastamos em torno de R$ 1.200, R$ 1.300 e isso para nós hoje está muito difícil. Então eu gostaria de solicitar o apoio dos vereadores e da população”, comentou o advogado Paulo Henrique Inoue.

 

De acordo com Paulo Henrique, o Consep adquiriu recentemente um decibelímetro, aparelho que mede o volume emitido por carros de som e vai ajudar os policiais no trabalho de contenção da perturbação sonora.

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PROPOSTAS OFICIALIZADAS
Depois da audiência, a comissão da Câmara que organizou o evento prepara um documento final contendo as propostas debatidas no encontro. O material em seguida será remetido às instâncias públicas municipais e servirá de guia de ação para os vereadores.


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