Com inundações constantes, vias dos bairros Bela Vista e Jardim das Acácias levantam preocupações em Paraguaçu

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Com inundações constantes, vias dos bairros Bela Vista e Jardim das Acácias levantam preocupações em Paraguaçu


 

CHUVAS QUE AMEAÇAM

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As chuvas que vêm caindo em profusão nos últimos meses representam um alívio para uma região que até então sofria a ameaça de ver suas fontes de água severamente comprometidas. Mas as mesmas chuvas que garantem o nosso abastecimento também têm trazido enorme desconforto para alguns paraguaçuenses, em especial os que moram nos bairros Jardim Bela Vista e Jardim das Acácias.

Ocupando um dos pontos mais baixos da cidade, o Bela Vista está colocado quase no encontro entre o Ribeirão do Carmo e o Córrego Juventino. Essa casualidade topográfica torna a região sempre vulnerável aos problemas advindos de chuvas fortes, assim como acontece também em uma das vias do Jardim das Acácias situada junto ao ribeirão.
A capacidade daquela área de lidar com o problema foi mais uma vez colocada à prova no último dia 4 de março, quando uma tempestade de pouco mais de uma hora inundou trechos das ruas que beiram o curso d’água. Neste caso em especial a chuva foi tão forte que outros pontos da cidade chegaram a ficar inundados por alguns minutos, como a Praça Oswaldo Costa e suas imediações e a Rua Amaro do Vale, nas proximidades da biquinha. Mas são os moradores do Jardim Bela Vista e do Jardim das Acácias que vivenciam as consequências mais danosas. “Eu estava trabalhando, mas minha família estava em casa quando a chuva alagou tudo. A água entrou pelo alpendre e subiu até pelo ralo do banheiro, foi preciso sair às pressas”, conta Maike Douglas Araújo, locatário de uma casa nas Acácias que acabou perdendo diversos móveis, roupas, alimentos e outros objetos.

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Em contato com a reportagem de A Voz da Cidade, o secretário municipal de Obras explicou que, ainda que o ribeirão represente uma “ameaça”, as inundações recentes estão relacionadas mais às condições estruturais das ruas afetadas e das construções lá localizadas. De acordo com Wanderley Donizete Alves, já foram realizados o reforço no manilhamento e um rasgo lateral no ribeirão, medidas que visam aumentar a vazão do curso d’água. Mas as inundações continuam porque a base de algumas casas está alicerçada num nível muito baixo.

 

ÁREA DE RISCO
O problema é tão sério que vem movimentando intensamente o Conselho Municipal de Defesa Civil de Paraguaçu. Ainda no dia 4 de dezembro, o órgão foi instado a fazer vistorias na Rua Geraldo Rezende e na Avenida Xavier Junqueira. Na ocasião, quatro casas foram inundadas, e o laudo apontou como causa do alagamento a inadequação das bitolas da ponte que liga o Bela Vista ao Jardim das Acácias. O problema foi então corrigido pelo Executivo, que também ressarciu os moradores atingidos diante das perdas de móveis, aparelhos eletrônicos, vestuários e mantimentos.

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Já a tempestade do último dia 4 de março alagou apenas um imóvel (o de Maike Douglas, citado acima), mas a situação é mais grave, segundo Gerson Nunes Cassimiro, que preside o Conselho de Defesa Civil. O relatório de vistoria apresentado pelo órgão é taxativo ao recomendar a declaração de situação de emergência pelo município e a interdição da residência, que já foi atingida em outras enchentes e está configurada como área de risco. Nesse caso, o locatário também vai ser ressarcido e a Prefeitura deve encaminhar um acordo para desapropriar a construção antes que novos danos voltem a acontecer.

*Matéria publicada no jornal “A Voz da Cidade” edição 1408 de 12 de março de 2016


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