TRABALHO SOCIAL
Surgido em 2003 como Projeto Juvenato, o Centro Social Juvenato precisou de pouco tempo para se tornar uma das iniciativas sociais e educacionais mais relevantes da história de Paraguaçu. Desde o início do nobre trabalho de acolhimento a crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, estima-se que quase mil jovens do município já tenham sido atendidos.
Para celebrar esta trajetória de uma década, a Câmara promoveu uma sessão solene no último dia 11 de dezembro, quando dezenas de pessoas ligadas ao projeto puderam relembrar histórias e conhecer em detalhes as atividades desenvolvidas atualmente.
Entre os presentes, os elogios ao projeto foram unânimes. “É o maior projeto social já implantado no nosso município, que cumpre um papel importante para o futuro de nossas crianças e para a cidade”, ponderou o presidente da Câmara, Professor Rafael. “Hoje a gente vê o resultado do projeto. Quando vou ao Juvenato vejo o trabalho dos educadores e as crianças, a alegria no rosto de cada um. Nós temos que ressaltar a importância disso e buscar expandir cada vez mais”, complementou o vereador Rafael da Quadra.
MÚSICA E HOMENAGENS
A programação da solenidade destinou espaço para a apresentação de um balanço dos dez anos do centro social, conduzida pela assistente social Leidilaine Aparecida Lourenço e formalizada no lançamento de uma revista especial distribuída durante a sessão.
Além disso, a comemoração também registrou números musicais do Coral Irmão Simeão, o pronunciamento do Irmão Flávio Leandro Neto — que falou em nome do superior provincial José Roberto Carvalho — e a entrega de placas de homenagem aos cidadãos que se mobilizaram pelo início do projeto em 2003: Evandro Barbosa Bueno, José Tibúrcio do Prado Neto, José Roberto Tomé e Arnelindo Marcolino Araújo. O gerente Alfredo Lemos Armada Júnior foi lembrado em nome da Coságua, cujas tarifas de água revertem uma pequena porcentagem ao projeto.
MISSÃO NOBRE
A década de transformação social vivenciada pelo Juvenato rendeu avaliações muito positivas e um senso de orgulho por ver desenvolvida a iniciativa aqui em nosso município. “O que o Centro Social Juvenato mais buscou nesses dez anos em Paraguaçu foi a formação de cidadãos autônomos e atuantes na sociedade, crianças e adolescentes livres, sonhadores, honestos e conscientes de seus direitos e deveres, capazes de transformar a sua realidade, buscando um mundo melhor para todos”, afirmou o Irmão Flávio. “Ao longo desse período, o centro efetivou um trabalho transformador na vida de muitos e muitas e, consequentemente, na de seus familiares e na comunidade como um todo”, avaliou, por sua vez, o atual diretor do projeto, Irmão Márcio Nonato Diniz Ferreira.
Em seu discurso, o ex-vereador e diretor escolar José Roberto Tomé relembrou os primeiros movimentos para implantar o projeto em Paraguaçu e salientou que o centro social antecipou as políticas públicas assistenciais que hoje são tidas como fundamentais pelos governos brasileiros, analisando ainda a missão dos Irmãos no Juvenato. “Com o Projeto Juvenato os Irmãos do Sagrado Coração reencontraram em Paraguaçu a missão preconizada pelo fundador, padre André Coindré, quando afirmou que servir ao povo de Deus, especialmente aos jovens e pobres”.
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PARAGUAÇUENSE PASSA PELO JUVENATO
A história do Juvenato em Paraguaçu teve início em 1955, com os irmãos do Sagrado Coração vindos do Canadá. Iniciativas semelhantes já existiam no Paraná, em São Paulo e na mineira Campanha. De início era uma casa de formação em regime de internato, depois ambiente escolar regular e há dez anos Centro Social Juvenato. O Centro Social Juvenato oferece atividades de recreação, práticas esportivas, artesanato, coral e instrumentos musicais, informática e reforço escolar. O público-alvo da entidade são crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de ambos os sexos que estejam em situação de vulnerabilidade social, encaminhados pela rede de proteção social do Município: Cras, Conselho Tutelar, Ministério Público, escolas municipais e estaduais ou por procura espontânea dos pais e/ou responsáveis. Atualmente são atendidos 220 jovens, com uma equipe composta por 17 educadores e um amplo espaço físico, que comporta, além das salas de aula, refeitório, brinquedoteca, piscina, campos de futebol, quadra aberta, playground, salão de jogos e até um ginásio poliesportivo. Lá se desenvolve um serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, que proporciona boa formação e a consolidação de valores morais, contribuindo para que os beneficiários se reconheçam como sujeitos de direitos e reúnam condições adequadas para o seu crescimento pessoal, familiar e social.
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