No momento em que se negociam novas bases do convênio entre o Executivo e a Fundação Hospitalar de Paraguaçu para a gestão do pronto-socorro municipal, o presidente da entidade esteve na tribuna da livre da Câmara para tratar deste tema e de outros relacionados à saúde pública na cidade.
Celso Maia Fiorini respondeu a questionamentos dos vereadores e explicou os métodos de trabalho da fundação, em pronunciamento realizado na noite de 30 de abril. O médico falou sobre as intenções da direção da Fhop de estabelecer laços com a nova legislatura da Câmara e ressaltou a necessidade de construir um pacto amistoso para constituir um sistema de saúde de melhor qualidade em Paraguaçu. “Eu acredito que somente unindo essas forças do Poder Executivo e Legislativo, pessoas comuns e autoridades, a gente pode conseguir melhorar como um todo a saúde”, enfatizou.
O tom conciliador não o impediu de abordar temas mais delicados, como o convênio firmado entre o Executivo e a Fundação para administração do pronto-socorro municipal. Celso adiantou que um novo contrato havia sido fechado, prevendo repasses mensais de R$ 250 mil, e explicou as condições que vão entrar em vigência. “Nós não conseguimos que o valor fosse o que estávamos esperando, mas haja vista a nossa ideologia e pedidos de companheiros da secretaria de Saúde e mesmo do atual prefeito e seus assessores, resolvemos aceitar o desafio de tentar fazer o hospital e a saúde, dentro de nossas possibilidades e nosso âmbito de atuação, funcionar pelo menos a contento”, analisou Celso, explicando que surgiram alterações para garantir mais transparência ao repasse de verbas.
Sem margem para suspeitas
Os vereadores, por sua vez, não se furtaram a apontar algumas dificuldades enfrentadas pela população no acesso aos serviços médico e hospitalar em Paraguaçu. As principais queixas ainda dizem respeito ao tempo de espera para ser atendido e à cobertura restrita de especialidades médicas no município. Sobre isso, Celso traçou um cenário mais otimista ao declarar que foi sanada a defasagem em áreas como ginecologia, obstetrícia, anestesia, clínica médica, cirurgia geral e pediatria, básicas no atendimento hospitalar.
Perguntado sobre as recorrentes acusações de desvio de verbas no convênio da Fhop com o Executivo, o médico foi enfático ao negar qualquer tipo de suspeita. “Antes de a pessoa afirmar ou fazer afirmações levianas, deveria comparecer, perguntar, se inteirar. Nós temos condição hoje de comprovar absolutamente cada centavo que entra e sai daquele hospital. Inclusive isso foi passado para a prefeitura num levantamento que nos foi exigido, documental, nota fiscal por nota fiscal, de tudo que foi comprado e pago dentro do hospital, para que o setor jurídico da prefeitura pudesse avaliar. E nós fizemos isso. Não sai um centavo sem que haja uma comprovação”, argumentou Celso.
Novidades anunciadas
O presidente da Fundação Hospitalar aproveitou a ocasião para anunciar algumas novidades relacionadas ao trabalho da entidade, como a realização de um curso para cuidadores de idosos, o estabelecimento de um convênio que disponibiliza exames mensais de mamografia digital às mulheres paraguaçuenses, o atendimento de um ortopedista e ações sociais bimestrais com equipes capacitadas para avaliar e informar os cidadãos na rua.
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