AUTORIZA A CONFECÇÃO DE PASTAS E ENCADERNAÇÃO CAPA DURA
A chegada de um novo ano marcou também a chegada de novos agentes políticos aos postos de comando da política paraguaçuense.
Na manhã de 1º de janeiro uma sessão solene da Câmara oficializou a posse dos novos prefeito, vice-prefeito e vereadores de Paraguaçu.
Realizada no Teatro Municipal Donato Leite de Andrade, a cerimônia foi presidida por Claudiney Gonçalves Camargo, o Claudiney Teté, candidato a vereador mais votado no pleito de outubro. Foi ele que conduziu o juramento dos agentes políticos e transmitiu a faixa simbólica ao prefeito José Tibúrcio do Prado Neto.
Em seu discurso de posse, o prefeito ressaltou os trabalhos realizados durante o último ano, em que assumiu o poder com a renúncia de Evandro Barbosa Bueno. Netinho destacou o desafio de reorganizar a folha de pagamentos do funcionalismo público e enfatizou que o município começa o ano com mais de R$ 3 milhões em caixa. Entre as novidades para o mandato, ele anunciou os planos de promover uma feira do terno em Paraguaçu.
A solenidade de posse também marcou a eleição da Mesa Diretora do Legislativo. Com apenas uma chapa inscrita, a decisão foi tranquila e os candidatos acabaram eleitos por unanimidade. Desse modo, o novo presidente da Câmara para o biênio 2017-2018 é José Maria Ramos, tendo Carlos Tourinho como vice-presidente, Luizinho da Samantha como primeiro secretário e Cleber Vigato como segundo secretário.
A primeira sessão ordinária dos novos vereadores está marcada para o dia 3 de janeiro, a partir das 15h.
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Carlinhos na memória
Uma das grandes figuras da educação paraguaçuense teve sua memória reconhecida e homenageada pela Câmara ainda no ano passado. Um projeto de lei aprovado pelos vereadores oficializou o nome de um notável professor para a creche em construção no bairro Dona Zilda.
De autoria do vereador Professor Rafael, o projeto de lei 041/2016 foi aprovado por unanimidade em plenário na sessão do último dia 20 de dezembro. A matéria dá nome de Centro Municipal de Educação Infantil Professor Carlinhos à creche em construção no bairro Dona Zilda.
Durante a votação, o autor da proposta salientou ter sido companheiro de Professor Carlinhos nos campos profissional e político, destacando que o homenageado fez da educação a sua vida e merece a reverência.
Joaquim Bocudo também relembrou passagens em que esteve junto a Professor Carlinhos, como vereador entre 2001 e 2004, afirmando que uma pessoa competente e caridosa como ele merece a homenagem.
José Maria Ramos também destacou a parceria com Professor Carlinhos no Legislativo, acrescentando que ele teve ainda participações importantes em movimentos católicos e no Lions Club local.
TRAJETÓRIA MARCANTE
Francisco Carlos de Oliveira começou a trabalhar muito cedo, aos 14 anos, na Paraguaçu Têxtil. Lá permaneceu até os 22 anos, período em que conciliou o trabalho com os estudos. Foi aí que o pendor pelo magistério falou mais alto. A partir de então, sua dedicação à educação foi tão intensa que nunca mais o diminutivo Carlinhos seria mencionado sem o prenome Professor.
Ele começou a nova carreira com aulas de Ensino Religioso em colégios da zona rural. A primeira passagem em cargos de direção no Padre Piccinini aconteceu de 1992 a 1994, como vice de Irmã Nazaré. De 1994 a 1999 Carlinhos já atuou como diretor. Eleito vereador, voltou a lecionar entre 2000 e 2004, período em que também foi um atuante representante da população no Legislativo municipal. Após essa nova experiência, ele retomou a direção em 2004, função que desempenhou até a sua aposentadoria, em 2011.
Na política, integrou o grupo de fundadores do Partido dos Trabalhadores no município e foi um dos responsáveis por abrir espaço para as demandas de esquerda na política local. Em 1988, junto do companheiro José Roberto Tomé, concorreu à prefeitura numa chapa pura do partido. As urnas não lhes deram a vitória, mas começava ali uma trajetória bem-sucedida de uma corrente ideológica renovadora no município.
Já aposentado e com a missão cumprida na maior escola da cidade, Carlinhos não parou de exercer o espírito público que lhe marcava a personalidade. Em janeiro de 2013, ele passou a atuar como secretário municipal de Desenvolvimento Econômico. No ano anterior, o professor e diretor que conduziu o ensino de milhares de alunos de Paraguaçu havia recebido a Medalha do Mérito Legislativo da Câmara por indicação do então vereador e companheiro de longa data Sydney Paulo da Silva.
Foi a última homenagem direcionada ao professor simpático, honesto e idealista. Carlinhos veio a falecer em 3 de junho de 2013, aos 56 anos de idade, quando se encaminhava para a cidade paulista de Ribeirão Preto, onde se submeteria a tratamentos clínicos.
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ORÇAMENTO MUNICIPAL
Uma emenda que propunha a modificação de valores do orçamento municipal para 2017 gerou polêmica em Paraguaçu na última semana. De autoria dos vereadores Joaquim Bocudo e Selmo Silva, a matéria transferia R$ 100 mil para a Fundação Hospitalar de Paraguaçu, mas acabou negada em plenária.
Depois da audiência pública promovida pela Câmara no dia 1º de novembro para colher sugestões da sociedade e de entidades representativas, os vereadores propuseram três emendas modificativas e uma emenda aditiva ao projeto da LOA (Lei Orçamentária Anual).
A primeira delas alterava diversos valores do texto original do projeto, tendo autoria dos vereadores Claudiney Teté, José Maria Ramos, Marlon Tomé, Rafael da Quadra e Selmo Silva. Foram beneficiadas a Apae (R$ 40 mil), Lar São Vicente de Paulo (R$ 30 mil), Lar Criança Feliz (R$ 30 mil), Fundação Hospitalar de Paraguaçu (R$ 100 mil), Academia Paraguaçuense de Letras (R$ 6 mil) e Associação de Cavaleiros de Paraguaçu (R$ 10 mil).
A segunda emenda modificativa, de autoria de Joaquim Bocudo e Selmo Silva, propunha o repasse de mais R$ 100 mil reais à Fundação Hospitalar, retirando o valor da dotação destinada à organização da festa de aniversário da cidade.
As duas propostas entraram para votação em plenário no último dia 16 de novembro, mas só a primeira foi aprovada. A segunda, com o repasse adicional à Fhop, acabou rejeitada por 6 votos a 3.
PONTOS DE VISTA EM CONTRASTE
Durante a discussão da matéria, Selmo e Joaquim enfatizaram a relevância do serviço para o bem-estar da população, argumentando que o dinheiro é necessário à fundação e pode ser retirado da dotação da festa.
Francis da Van admitiu as dificuldades da Fhop, mas relembrou que está em andamento um trabalho de saneamento das suas contas para o aprimoramento da gestão e o melhor uso possível do dinheiro público.
Rafael da Quadra mostrou-se igualmente resistente à emenda, argumentando que não sabe exatamente quais necessidades a elevação de recursos atenderia. Ele afirmou que o sistema de saúde municipal não engloba apenas o Hospital São Francisco de Assis e que considera mais prudente aguardar os resultados da auditoria que está analisando as contas da Fhop.
No mesmo sentido manifestaram-se Marlon Tomé e Claudiney Teté, que também preferiram manter o repasse à Fhop apenas com um acréscimo e disseram que, em caso de necessidade, o recurso à fundação pode vir a ser suplementado no ano que vem.
Professor Rafael admitiu ser legítima a manifestação dos vereadores cautelosos quanto ao aumento do repasse à Fhop, mas manifestou voto favorável à emenda esclarecendo que considera defasado o valor estipulado para a administração do hospital em 2017.
Foram favoráveis à emenda Joaquim Bocudo, Professor Rafael e Selmo Silva. Marcaram votos contrários Claudiney Teté, Francis da Van, José Maria Ramos, Marlon Tomé, Professor Nildo e Rafael da Quadra.
MISSÃO ANUAL
Sempre no segundo semestre, a Câmara tem a missão de discutir e, se considerar conveniente, remanejar o orçamento municipal para o ano seguinte. Agora em 2016 o projeto da Lei Orçamentária Anual prevê para 2017 um montante de receitas de R$ 53,5 milhões, valor 7,13% superior ao manejado este ano.
MEMÓRIA URBANA
Dar nome a logradouros públicos é uma atribuição de que os vereadores costumam valer-se para homenagear a memória de conterrâneos já falecidos. Mas uma proposta votada no último dia 16 de novembro na Câmara fugiu um pouco a esta tendência.
De autoria de Professor Rafael, o projeto de lei 031/2016 oficializou a nomenclatura das onze ruas de um novo bairro de Paraguaçu, o Monte Verde. Apenas uma das vias leva o nome de uma pessoa: Ernani Leite Rodrigues, filho de Euclides Rodrigues, proprietário do terreno loteado para o bairro. As demais ruas todas ganharam nomes pouco usuais: Sabiá, Andorinha, Beija-Flor, Canarinho, Bem-Te-Vi, João de Barro, das Garças, Pica-Pau, do Café e do Marolo.
Durante a votação em plenário, o autor da matéria afirmou que as sugestões de nomes para as ruas partiram da família proprietária do terreno que foi loteado para o bairro. Já Professor Nildo elogiou a iniciativa de dar nomes de pássaros às vias públicas, uma ideia diferente e bem-vinda, enquanto Joaquim Bocudo relembrou a memória do filho de Euclides Rodrigues, Ernane, um dos homenageados pelo projeto.