A Câmara recebeu do Executivo no final do último mês de agosto o projeto da Lei Orçamentária Anual. A matéria apresenta toda a estimativa das receitas que devem entrar nos cofres públicos da cidade em 2014 e divide os planos de investimentos entre os setores que compõem a dinâmica de trabalho do próprio Executivo, do Legislativo e do Fundo Previdenciário Municipal.
A boa novidade é que, depois de um ano de queda, o orçamento voltou a subir. E a elevação prevista é de quase 20%. A se confirmarem as estimativas previstas, portanto, Paraguaçu tem tudo para viver dias mais otimistas. A estimativa é que as receitas disponíveis para a administração municipal no próximo ano sejam de R$ 45.007.000, valor que possibilita a quase todas as pastas do Executivo repasses significativamente maiores do que os manejados atualmente.
A elevação programada no orçamento foi fixada na casa de 18,94%, revertendo a queda de 1,08% registrada de 2012 para 2013. Apesar do aumento, o perfil da composição das receitas não sofreu grandes alterações. O grosso do dinheiro que chega a Paraguaçu ainda vem das transferências correntes da União e do estado (com destaque para o Fundo de Participação dos Municípios), que somam mais de R$ 34,4 milhões. Os tributos e contribuições recolhidos aqui, por sua vez, devem ultrapassar os R$ 5,5 milhões. A receita patrimonial também é uma fonte importante, com R$ 1,4 milhão.
ESPORTE E AGRICULTURA COMO DESTAQUES
Ainda que os números nem sempre representem com perfeição a complexa realidade da gestão pública, a tendência é que o município recupere sua capacidade de investimentos depois de um ano de intenso marasmo administrativo. A rubrica que mais chama a atenção nesse sentido é de longe a Agricultura, que terá seu repasse mais do que triplicado em 2014, saltando de magros R$ 172,5 mil para R$ 741,5 mil.
Outros destaques ficam por conta das pastas de Esporte e lazer, cujo orçamento vai ser mais que dobrado, e Urbanismo, com elevação superior a 200%. Vale lembrar que da primeira sai o dinheiro para a realização de competições e para a realização da Expoap. E os R$ 3,8 milhões destinados à segunda permitem custear as obras que quase não puderam sair do papel agora em 2013. Na Educação e na Saúde, setores em que a lei exige uma aplicação orçamentária mínima, o quadro é igualmente animador, com aumentos na casa dos 44% e 50%, respectivamente.
A única área em que deverá haver uma redução de repasses é a de Habitação. Em 2012 e 2013 a pasta movimentou orçamentos da ordem de R$ 800 mil, mas no ano que vem o montante não passa dos R$ 210 mil.
AUDIÊNCIA PÚBLICA A CAMINHO
Mais conhecida pela sigla LOA, a Lei Orçamentária Anual é um projeto discutido sempre no segundo semestre na Câmara, a quem cabe a premissa de examinar em detalhes os números e fazer as alterações que os vereadores julgarem necessárias. Para isso o Legislativo também organiza uma audiência pública aberta à participação da população, evento em data ainda a ser definida.
De volta à ascensão
Entre 2008 e 2001 Paraguaçu viveu quatro anos de estagnação financeira, período em que o orçamento girava na casa dos R$ 20 milhões. O grande salto veio em 2012, quando superamos o patamar dos R$ 30 milhões. Depois de mais um ano de queda, outro salto, agora para ultrapassar os R$ 40 milhões.
2008: R$ 21.960.300
2009: R$ 23.845.500
2010: R$ 22.400.000
2011: R$ 24.000.000
2012: R$ 32.719.000
2013: R$ 32.368.600
2014: R$ 38.502.000 (ou R$ 45.007.000, se considerados os repasses para a Câmara e o Funprev)
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