A noite de 3 de outubro marcou mais uma conquista para 24 paraguaçuenses, que receberam o diploma de conclusão do curso de Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Promovida pela Escola do Legislativo de Paraguaçu, a iniciativa despertou grande interesse na comunidade como mais um projeto de utilidade pública desenvolvido com a chancela da Câmara.
O encontro reuniu, além dos próprios alunos, alguns de seus familiares, vereadores, funcionários da Câmara e a professora especializada Natália Miranda de Lima Grechi.
A cerimônia fechou oficialmente uma trajetória iniciada no último dia 19 de julho, quando começaram as aulas em Paraguaçu. De lá para cá foram 60 horas-aula, com 50 delas presenciais e dez de atividades extras. Totalmente gratuito, o curso utilizou as instalações da própria Câmara nas noites de segunda e quarta-feira e nas manhãs de sábado. Os alunos tiveram acesso a material didático e alimentação, além da instrução de Natália, que é estudante de Pedagogia e intérprete habilitada na Língua Brasileira de Sinais.
MAIS DO QUE GESTOS
A Língua Brasileira de Sinais é o sistema de comunicação utilizado pela maioria dos deficientes auditivos do país e reconhecida por lei federal. Ela é derivada de uma língua gestual francesa e por isso se assemelha a outras línguas de sinais da Europa e da América. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, com sinais próprios. Ela é composta por níveis linguísticos como fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer os sinais, mas é necessário também conhecer a sua gramática para combinar as frases. Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos também de expressões faciais e corporais.
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