ALÉM DO PLENÁRIO
Um dos setores mais delicados da administração pública vai ganhar uma atenção especial da Câmara de Paraguaçu. Na sessão ordinária da tarde de 5 de maio, os vereadores aprovaram um projeto de resolução que autoriza a criação de uma comissão parlamentar encarregada de fazer um diagnóstico completo sobre o sistema de saúde do município. A novidade gerou discussão em plenário, mas foi aprovada por unanimidade pelos edis.
A proposta de criação da comissão de assuntos relevantes para elaboração de um diagnóstico do sistema de saúde de Paraguaçu partiu do vereador Professor Rafael, que explicou a iniciativa do projeto argumentando que um dos setores mais delicados da gestão pública exige dos vereadores uma abordagem mais precisa, com análises aprofundadas e dados concretos.
“A intenção é fazer com que nós vereadores tenhamos informações, dados precisos sobre a situação da saúde no nosso município. De posse disso, nossa atuação como vereador para melhorar a saúde do município pode ser mais precisa, porque nós vamos entender completamente, não por ‘achismo’, mas com base em dados reais”, destacou Rafael.
Historicamente, o setor tem sido o maior foco de reclamações da população junto ao Legislativo, mesmo sendo a Saúde a área que mais recebe investimentos do poder público em Paraguaçu. Nesse sentido, constatou-se a necessidade de compreender melhor o funcionamento, financiamento, programas e ações da Saúde em nosso município, tendo em vista a necessidade de complementá-los e aperfeiçoá-los.
A comissão criada fica encarregada de estabelecer um diagnóstico que contemple todas as ações do setor de Saúde, com informações, dados e estatísticas que indiquem os problemas e apontem possíveis soluções. O grupo será representado por três membros, de maneira a representar as bancadas constituídas na Câmara Municipal: Claudiney Teté, Professor Nildo e Professor Rafael. O prazo final para apresentação do diagnóstico é o dia 31 de dezembro de 2015.
A matéria foi bem acolhida pelo petista Professor Nildo, mas recebeu ressalvas por parte do oposicionista Selmo Silva durante a votação em plenário.
“Nós estamos vendo que no nosso país o sistema de saúde atravessa uma grave crise. As cidades não têm médicos, não têm hospitais, não têm remédios. Mas o pouco que nós temos, nós temos que utilizá-lo de uma forma bem adequada. Então é interessante que nós possamos conhecer de perto a nossa realidade”, afirmou Nildo.
“Estou de acordo que se faça a comissão, para que a gente possa se inteirar mais do assunto. Mas o diagnóstico nós já sabemos: a situação da saúde no nosso município está um caos”, salientou Selmo.
PRIMEIROS MOVIMENTOS
O primeiro encontro da comissão relevante aconteceu na tarde de 3 de junho, quando os vereadores Claudiney Teté, Professor Nildo e Professor Rafael definiram os primeiros eixos de ação do grupo.
A princípio, a comissão programou reuniões na secretaria municipal de Saúde, nas unidades de PSF (Programa Saúde da Família), na policlínica, na sede regional do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e no Hospital São Francisco de Assis, de maneira a obter dados e manter contato com os profissionais de saúde do município.
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