Vereadores aprovam projeto que insere Paraguaçu em consórcio regional de cafeicultura

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Vereadores aprovam projeto que insere Paraguaçu em consórcio regional de cafeicultura


 

POLÍTICA DE AGRICULTURA

A atividade rural, em especial a cafeicultura, responde por quase metade do Produto Interno Bruto de Paraguaçu. Levando essa peculiaridade em consideração, os vereadores aprovaram um projeto de lei que insere o município num consórcio regional ligado ao café.

O ingresso de Paraguaçu no Consórcio Público para o Desenvolvimento do Café aconteceu no último dia 22 de março, quando os vereadores aprovaram por unanimidade um projeto de lei de autoria do Executivo municipal. A proposta autoriza o município a associar-se ao chamado Concafé e a abrir crédito para contribuir com a iniciativa. A cota de contribuição mensal para os consorciados, definida pela assembleia geral do Concafé, foi estipulada em R$ 500 agora em 2016.

Os recursos serão liberados por uma rubrica específica ligada à secretaria municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na justificativa do projeto enviado à Câmara, o prefeito José Tibúrcio do Prado Neto destaca que a “proposição está em consonância com as obrigações do Executivo em fomentar, bem como procurar todos os meios que melhorem a renda dos pequenos e médios produtores rurais de nossa cidade, repercutindo diretamente na população que tem no trabalho rurícola sua fonte de sustento.

Em plenário, a matéria encontrou ótima receptividade, principalmente porque antes da votação a sessão havia registrado a presença de um representante do Concafé na tribuna livre. Francisco de Paula Vítor, conhecido como Chico da Emater, analisou os benefícios do consórcio e destacou que os esforços concentrados dos setores econômico e político podem fazer o café sul mineiro ganhar mercado nacional e internacionalmente.

Primeiro dos vereadores a se pronunciar, o peemedebista Joaquim Bocudo elogiou a iniciativa do projeto e ressaltou que o pronunciamento de Chico da Emater ajudou a esclarecer mais detalhes sobre o Concafé. Francis da Van, por sua vez, destacou o papel relevante desempenhado por órgãos como a Coomap (Cooperativa Mista Agropecuária de Paraguaçu) e as associações de bairros rurais. “Qualquer projeto que venha beneficiar o produtor rural tem o meu apoio. Então eu também voto favorável”, confirmou Selmo Silva. “É um projeto importante, que nenhum de nós poderia ser contrário. Na minha opinião, posso votar tranquilamente favorável que vou estar beneficiando o município”, destacou Rafael da Quadra.

Já o petista Professor Rafael afirmou que a adesão ao consórcio pode trazer benefícios para a economia municipal, em especial para os pequenos cafeicultores, e que os custos de participação são relativamente baixos. “O consórcio trará grandes benefícios para a economia do município, para os produtores rurais — principalmente os pequenos, que possuem mais dificuldade de produção, comercialização e qualificação e divulgação do seu produto. Então há uma lista enorme de benefícios que o município tem a cumprir a um custo baixíssimo, de R$ 500 reais ao mês, que é a contrapartida para participar desse consórcio, que já está envolvendo praticamente todo o Sul e Sudoeste de Minas”, avaliou.

Para José Maria Ramos, o Concafé pode fortalecer o trabalho desenvolvido em prol da cafeicultura local, função que já tem na Coomap um alicerce importante. “É um projeto de grande importância para nosso município, principalmente para os cafeicultores, atendendo de maneira especial o pequeno produtor. Nós já temos aqui uma cooperativa que dá um amparo muito grande ao produtor de café do nosso município, com equipamentos especializados para selecionar os cafés colhidos, a orientação aos produtores. E mais esse convênio com os outros municípios para certificar o nosso café, divulgando no exterior, vai trazer um benefício enorme para todos e, consequentemente, melhorando para o nosso município o emprego e a renda”, salientou o democrata.

Por fim, Claudiney Teté observou ainda que os produtores rurais merecem o apoio do poder público.

MAIS DE 60 MUNICÍPIOS
Instituído oficialmente em 30 de abril de 2015, o Concafé tem como uma de suas atribuições articular o relacionamento entre suas bases e órgãos do governo e do setor privado. A iniciativa foi idealizada deputado sul mineiro Emidinho Madeira, que é o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cafeicultura e vice-presidente da Comissão de Agropecuária e Agroindustrial na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Até o momento, mais de 60 municípios do Sul e Sudoeste do estado já aderiram ao consórcio, que tem como missões centrais planejar, fomentar e implementar, de forma cooperada e coordenada, ações e políticas públicas para o desenvolvimento do produto e da cultura cafeeira.


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