porCâmara Municipal de Paraguaçu

Vereadores de Paraguaçu rejeitam projeto do Executivo que propunha mudanças na lei do Funprev

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Um projeto de lei de autoria do Executivo gerou controvérsias durante sua apreciação em plenário pelos vereadores de Paraguaçu. Marcada por intensas manifestações do público presente no auditório da Câmara, a votação dividiu argumentos na noite de 28 de maio.

O projeto 005/2018 visava promover alterações em dispositivos da lei municipal 1.911, promulgada em 7 de abril de 2005 para dar nova redação à lei de 2002 que instituiu o Funprev (Fundo Previdenciário Municipal). A proposta do Executivo agora era estabelecer mudanças na lei original com relação à qualificação exigida para o cargo de diretor do Fundo e o padrão de vencimentos da função.

De acordo com a justificativa enviada pelo prefeito, embora se trate de cargo de livre nomeação e exoneração e de recrutamento amplo, “há a necessidade de estabelecer requisitos quanto à escolha do profissional que irá ocupar o cargo”. Ao diretor cabem atribuições como realizar licitações, assinar contratos e convênios, ordenar despesas e representar o instituto de Previdência em juízo ou fora dele.

Ainda segundo a justificativa, a exigência de qualificação fundamenta-se em portaria expedida pelo Ministério da Previdência Social em 2015, visando o enquadramento dos regimes próprios de Previdência Social ao Programa de Certificação Institucional e Modernização da Gestão dos Regimes Próprios de Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Para tanto, a proposta era exigir que o diretor possua certificação emitida por entidade de reconhecida capacidade técnica e difusão no mercado brasileiro de capitais e possua curso de graduação em ao menos uma das seguintes áreas: Contabilidade, Administração de Empresas, Economia, Direito ou Ciências Atuariais.

A alteração no padrão de vencimentos moveria o cargo da categoria de CPC-2 para CPC-1, igualando-o às funções de chefe de gabinete e procurador no organograma do funcionalismo público municipal. Isso representaria um reajuste mensal de R$ 1.482,87, passando o subsídio de R$ 3.715,75 para R$ 5.736,49. Atualmente o cargo de diretor do Funprev é ocupado por Tatiana Marins Alves.

PLENÁRIO AGITADO
A exigência de qualificação para ocupantes do cargo até foi bem aceita, mas a questão da elevação salarial visivelmente produziu desconforto entre os parlamentares. Tanto que o vereador Luizinho da Samantha propôs a chamada votação em destaque, pela qual se desmembra a matéria para apreciação em partes específicas. A ideia, todavia, foi rejeitada, tendo apenas quatro votos favoráveis.

Dessa forma o projeto de lei 005/2018 foi a plenário para votação integral. O mesmo Luizinho considerou que como um todo a proposta não lhe parecia apropriada para um momento de crise financeira, já que se estabeleceria um aumento significativo de remuneração de um servidor. “O projeto é legal, mas o vereador não pode analisar somente questões legais, mas também a situação econômica e financeira do município.

Como recebemos há poucos dias um decreto de autoria do prefeito municipal sobre a necessidade de redução de despesas com pessoal, entendo que esse não é o momento correto para concessão de nenhum tipo de aumento de vencimento”, disse.

Já André Nasser ressaltou que o cargo de gestor do Funprev deve mesmo ser equiparado ao de chefe de gabinete em termos de responsabilidade e remuneração. Ele reforçou sua posição favorável à matéria. “Esse projeto é uma exigência do Ministério da Previdência, que pede que qualifique o gestor que vai tomar conta do Fundo Previdenciário. A má gestão, com uma pessoa pouco qualificada, acarreta vários danos para a população e para os cofres públicos do município, conforme já aconteceu aqui. São 600 famílias e uma movimentação de R$ 20 milhões”.

Wander do Jovino afirmou que ainda não estava totalmente seguro para votar um projeto que representa aumento de remuneração de apenas um servidor. Marquinho Trovador esclareceu que estudou o projeto e entendeu a relevância da matéria, mas considerou injusto aprovar o aumento de apenas um servidor num contexto de crise. “Eu serei injusto de votar favorável a esse projeto com as demais pessoas, de todas que ocupam cargos de responsabilidade como funcionário ou como cidadão dentro de Paraguaçu”, afirmou.

Pastor João definiu posição semelhante à de Marquinho Trovador, ressaltando as dificuldades impostas pela crise e a possibilidade de contar com profissionais gabaritados na gestão do Funprev mesmo com a atual remuneração. Carlos Tourinho disse que não é contrário à pessoa da gestora do Funprev, mas afirmou se opor à ideia geral do projeto de lei proposto pelo Executivo municipal.

José Maria Ramos salientou que o cargo de gestor do Funprev exige qualificação técnica e competência, manifestando voto favorável ao projeto. Ele disse que não vota pelo aumento da remuneração, e sim pela necessidade de estabelecer altos padrões de qualidade de gestão. “Nós já temos 25% dos fundos previdenciários com problemas no país por má gestão. Por isso eu faço votos que sempre tenha uma pessoa bastante qualificada. Não estou votando para fulano ou cicrano, é porque o cargo exige e por isso sou favorável”.

Em meio a intensas manifestações do público composto basicamente de servidores públicos municipais, o projeto de lei foi rejeitado por sete votos a dois. Foram favoráveis os vereadores José Maria Ramos e André Nasser. Foram contrários os vereadores Marquinho Trovador, Pastor João, Cleber Vigato, Carlos Tourinho, Luizinho da Samantha, Claudiney Teté e Wander do Jovino.

POSIÇÃO DO CONSELHO
Já com o projeto de lei rejeitado pelo plenário, no último dia 6 de junho a Câmara recebeu ofício do Conselho Deliberativo e Fiscal do Fundo Previdenciário de Paraguaçu, registrando sua posição diante da matéria.

O documento informa que o conselho concorda com a exigência de qualificação para o cargo de diretor, mas não abre mão da prerrogativa de indicar o nome do diretor, diferentemente da alteração proposta pelo projeto, que passaria a atribuir essa tarefa ao prefeito.

O ofício é assinado pelo presidente do conselho, Wilson Teixeira, e pelos conselheiros Adilson Vander dos Santos, Alda Salete Prado Tavares, Ari Cambraia, Edmilson de Oliveira Xavier, Juliana Barbosa Bueno Baptista e Vanessa Dias Leite Cassimiro.

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Aprovado pelos vereadores, projeto do Executivo institui Fundo Municipal da Pessoa Idosa em Paraguaçu

TERCEIRA IDADE

Os vereadores aprovaram por unanimidade um projeto de lei de autoria do Executivo que institui o Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa do Município de Paraguaçu. A matéria foi votada na sessão legislativa de 23 de abril.

A votação foi rápida e contou apenas com considerações positivas por parte dos parlamentares. O projeto de lei 009/2018 institui o Fundo em Paraguaçu como um instrumento de natureza contábil, tendo por finalidade a captação, o repasse e a aplicação de recursos destinados a proporcionar suporte financeiro na implantação, manutenção e desenvolvimento de programas, projetos e ações voltados aos idosos.

De acordo com o texto da matéria, as fontes de recursos do novo fundo podem ser transferências e repasses da União, do estado ou do município; os auxílios, legados, valores contribuições e doações que lhe forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas; os produtos de aplicação financeira; os valores das multas previstas no Estatuto do Idoso; as doações de pessoas físicas ou jurídicas deduzidas do Imposto de Renda; e outras receitas destinadas ao fundo ou estipuladas em lei própria.

O Fundo do Idoso será gerenciado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação, a quem se vincula o já existente Conselho Municipal dos Direitos do Idoso.

As manifestações em plenário foram breve e todas favoráveis à iniciativa. Wander do Jovino, André Nasser e Pastor João enfatizaram que a proposta se trata de medida que sinaliza benefício para os idosos de Paraguaçu.

“Estou de pleno acordo, porque tudo que vem para o idoso, tudo o que vem para amparar ele, seus direitos, seu lazer, é bem-vindo”, disse Wander. “A instituição desse Fundo vai dar um aparo maior a nossos idosos. Então vai facilitar muito os programas e ações para essa população”, comentou André. “Nossos idosos vêm sofrendo com a questão da aposentadoria, que está cada dia pior. Então quando se fala de melhorar alguma coisa, a gente tem que estar junto”, destacou Pastor João.

Luizinho da Samantha também manifestou apoio ao projeto e a toda iniciativa que for benéfica para a população mais idosa. “Tudo que vier em benefício dos nossos idosos, da melhor idade, que seja bem-vindo e com certeza terá o nosso apoio”.

Por fim, José Maria Ramos explicou que a criação do Fundo tende a favorecer a elaboração de políticas públicas voltadas para os idosos e que o Conselho Municipal se encontra ativo. “Instituir um Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa facilita a implementação de políticas públicas através de ajuda do poder público e traz benefícios para as pessoas idosas, que já contribuíram bastante para o nosso desenvolvimento”, concluiu.

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Vereadores aprovam projeto de lei que dá nome a nova praça e redefine extensão de rua em Paraguaçu

CIDADE

Um projeto de lei aprovado no último dia 9 de abril na Câmara promoveu mudanças na malha urbana paraguaçuense. De autoria do vereador José Maria Ramos, a matéria oficializou a denominação de uma nova praça e redefiniu a extensão de uma via tradicional.

De acordo com o texto votado pelos parlamentares em plenário, a praça situada no final da Rua Quita Prado com a antiga “Estrada do Pontalete”, no bairro Costa do Sol, ganha o nome de Cezar Miguel Vieira. Já a Rua Nico Prado teve sua extensão reduzida, agora terminando no encontro com a Rua 13 de Maio.

A aprovação foi unânime e o projeto suscitou manifestações positivas durante a votação. Marquinho Trovador salientou a relevância de eternizar a memória de paraguaçuenses que contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Luizinho da Samantha afirmou conhecer os descendentes de Cesar e disse que as boas pessoas merecem ter seus nomes lembrados em ruas da cidade.

André Nasser, por sua vez, destacou a idoneidade do homenageado e de toda a sua família. Wander do Jovino lembrou que teve o prazer de conhecer Cezar Vieira e considerou a homenagem justa. José Maria Ramos defendeu a iniciativa e lembrou a trajetória marcante do homenageado.

63 ANOS DE VIDA
O cidadão escolhido para nomear a praça da Costa do Sol era muito mais conhecido como Cezar Lagoa, possivelmente por ter nascido no bairro rural de mesmo nome em 1918, filho de Maria Luiza de Jesus e João Miguel Corrêa. Casou-se em 1943 com Maria Aparecida Ferreira e passou a residir no distrito de Guaipava, onde logo montou uma pequena “venda”.

De 1952 a 1956 ele residiu no estado do Paraná, trabalhando duro na zona rural. De volta a Paraguaçu, atuou como administrador da fazenda do cunhado Geocundo Moterani até 1962, quando adquiriu um sítio no bairro Taquari. Mais adiante transferiu-se para a zona urbana para facilitar os estudos dos seus onze filhos, que foram a prioridade até o fim da sua vida, em 1º de outubro de 1982.

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Com alunos de seis escolas da cidade, Câmara Mirim promove eleições para escolher 13 jovens vereadores

JUVENTUDE

Foram anunciados os vencedores das eleições para estabelecer a formação da nova Câmara Mirim de Paraguaçu. Em processo organizado pela Escola do Legislativo, 13 alunos de seis escolas locais foram eleitos para desempenhar a função até o fim de 2018. É a segunda formação do parlamento mirim em Paraguaçu.

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Estabelecida por lei em junho de 2009, a Câmara Mirim tem por objetivos proporcionar à comunidade espaços de discussão sobre os anseios da juventude em direção à conquista da cidadania e despertar a consciência política nos jovens, tendo como princípios a ética, a moralidade e o bem comum.

A primeira composição para estudantes foi feita em 2014, quando os alunos cruzaram o ano discutindo questões pertinentes a sua faixa etária, visitaram a Câmara de Pouso Alegre e participaram do projeto de uma cápsula do tempo.

ALUNOS EMPOSSADOS

A ideia agora era envolver os estudantes e eleger 12 jovens vereadores para discutir e contribuir com o desenvolvimento da cidade. Como houve empate entre duas candidatas na votação numa das escolas, o número de eleitos foi estendido a 13.

Podiam candidatar-se vereadores mirins alunos de escolas locais com idades entre 12 e 16 anos, matriculados de sexto ao nono ano do ensino fundamental. O processo de escolha foi feito por meio de eleição, mediante voto direto e secreto, sendo eleitores os próprios estudantes. Todo esse processo foi coordenado pela Escola do Legislativo da Câmara e pela equipe diretora das escolas.

Participaram alunos do Brilho do Saber, Cefa, Fundamar, Guaipava, Maria Antonieta e Pedro Leite. A eleição aconteceu entre os dias 16 e 20 de abril, e a posse aconteceu na noite de 27 de abril no plenário da Câmara, em evento do qual participaram autoridades locais, diretores, professores e familiares dos alunos. “Nós damos as boas-vindas aos vereadores mirins e esperamos que todos tenham bom proveito na caminhada, para tornarem-se políticos e cidadãos responsáveis”, salientou o presidente da Câmara, José Maria Ramos. “Esse projeto é importante para que os jovens tenham consciência do que é a boa política e de que a política é um elemento que está presente em tudo na nossa vida”, observou o prefeito José Tibúrcio do Prado Neto. “Tenho uma satisfação enorme de ver esse projeto sendo novamente implantado em Paraguaçu. Nós precisamos preparar as nossas crianças e jovens para o exercício de uma função muito importante para o município. O objetivo da Câmara Mirim é justamente esse, de despertar o interesse, o gosto e o reconhecimento da importância da política”, comemorou o ex-vereador Professor Rafael, idealizador do projeto. “A Câmara Mirim é a oportunidade de viver um contato real com a política. Precisamos formar cidadãos conscientes de seu papel político e despertar novos líderes. Esse projeto faz isso”, afirmou Ana Paula Gomes, diretora do Cefa. “A gente não pode deixar de acreditar nos nossos jovens, porque eles são as pessoas que vão estar aqui no futuro. Estou orgulhoso pela minha filha, e acredito no futuro dela”, disse Valdinei Donizeti Reis, pai da aluna Sara Vitória Reis.

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As sessões da Câmara Mirim acontecerão uma vez por mês, no recinto da própria Câmara e incluirão palestras, dinâmicas, visitas a entidades públicas e viagens.

OS 13 VEREADORES MIRINS ELEITOS

Daniel Antônio Pereira, sexto ano, Guaipava

Odilon Tavares Neto, nono ano, Guaipava

Lorrainy Apª N. Cruz, nono ano, Maria Antonieta

Sara Vitoria Reis, oitavo ano, Maria Antonieta

Eduardo Custódio Brito, sétimo ano, Maria Antonieta

Cauã Marques Nasser, sétimo ano, CEFA

Breno Junqueira Megale Viana, nono ano, CEFA

Kauan Gonçalves Santiago, sétimo ano, Pedro Leite

Breno Santos Breves, sétimo ano, Fundamar

Yasmin Christiny de Lima, oitavo ano, Fundamar

João Paulo Custódio, nono ano, Pedro Leite

Isabelle de Oliveira Tavares, oitavo ano, CBS

Número de votantes por escola
Colégio Brilho do Saber: 55
Cefa: 69
Maria Antonieta: 135
Pedro Leite: 543
Fundamar: 135
Guaipava: 61

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Contrato 005 A/2018

O presente instrumento contratual tem por finalidade realizar o transporte, no exercício de 2018, dos vereadores mirins eleitos no projeto “Câmara vai à escola – Câmara Mirim”.

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Portaria 05-2018

Dispões sobre exoneração de servidores.