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porCâmara Municipal de Paraguaçu

Com aprovação unânime da Câmara, aeroporto municipal de Paraguaçu ganha nomenclatura oficial

Aviação municipal

Os anos dourados da aviação em Paraguaçu ficaram no passado, mas a atividade deixou seu legado na cidade com a formação de vários exímios profissionais do ramo. Um deles acaba de receber uma significativa homenagem da Câmara, a partir da aprovação unânime de um projeto de lei no último dia 10 de novembro. Palco de grandes acontecimentos nos meados do século passado, o aeroporto local nunca teve uma denominação regulada por lei. Uma proposta firmada pelo vereador Francis da Van alterou esse quadro ao conferir ao espaço o nome do comandante Virgílio Borim. Em plenário, o autor da matéria explicou a ideia da homenagem.

“O aeroporto hoje passa a se chamar Aeroporto Municipal Comandante Virgílio Borim. É um lugar onde o homenageado viveu sua vida. Virgílio era conhecedor da aviação, dos aeroportos, uma pessoa que levou o nome de nosso município para todo o Brasil”, argumentou Francis.

Para os demais vereadores, a iniciativa configura um merecido reconhecimento à atuação de Virgílio e a toda a sua família.

“Isso vai ficar para a eternidade. E o Virgílio foi uma pessoa muito boa que eu conheci. É bem merecido e muito bem lembrado”, afirmou Joaquim Bocudo.

“Virgílio foi uma pessoa exemplar, um homem que viveu sempre corretamente, de comportamento exemplar, trabalhador, sempre na atividade da aviação. Ele prestou serviços relevantes para o nosso município”, ressaltou José Maria Ramos.

Para o petista Professor Rafael, além de justa, a homenagem deve servir como um incentivo para que o aeroporto volte a receber atenção do poder público e retome suas atividades.

“Entendo ser de bom grado a escolha, uma vez que Virgílio sempre atuou na área da aviação. Eu espero que a aprovação desse projeto possa ser um pontapé inicial para a recuperação do espaço, para que ele possa voltar um dia a ser utilizado com frequência e esteja a serviço da nossa cidade e das pessoas da região, o que também é de grande importância, inclusive para valorizar o nome do homenageado”, destacou.

BIOGRAFIA

Virgílio Borim nasceu em Paraguaçu em 15 de julho de 1954, filho de Vilma Muoio Borim e Delmo Borim. Estudou no Ginásio Salesiano e em 1974 iniciou seus primeiros voos no aeroclube de Juiz de Fora, onde se brevetou como piloto privado e comercial. Sua primeira ocupação se deu na Servitaxi, em 1977, cobrindo a região do Norte de Minas. Já em 1980 Virgílio transfere-se para Alfenas. Casou-se em 1981 com Nailena Leite, com quem teve is filhos Carolina, Thiago e Lucas. Um ano depois de se casar, o paraguaçuense partiu para Itaituba, no sul do Pará, cidade onde começou a fazer voos para o garimpo. Na sequência atuou no mesmo ramo na capital de Roraima, Boa Vista, por 15 anos. De volta à terra natal, habilitou-se como piloto agrícola e trabalhou em safras de 1999 até este ano de 2015. Virgílio faleceu em sua residência no último dia 8 de junho, vítima de embolia pulmonar.

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Aprovado na Câmara, projeto autoriza município a obter empréstimo para custear reformas em praças de Paraguaçu

 

URBANIZAÇÃO
Se depender de um projeto de lei aprovado pelos vereadores no último dia 20 de outubro, em breve a fonte luminosa deve voltar a encantar os visitantes da Praça Oswaldo Costa. A Câmara deu parecer positivo para uma proposta enviada pelo Executivo que autoriza o município a captar recursos junto ao BDMG, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. O projeto de lei 022/2015 regulariza a contratação de operações de crédito com outorga de garantia. Com a aprovação dos vereadores, o prefeito fica autorizado a celebrar convênio até o montante de R$ 1 milhão, destinados ao financiamento de obras de infraestrutura urbana. Para obter o crédito, o município deve oferecer vinculação em garantia das operações de crédito por todo o tempo de vigência dos contratos de financiamento de receitas de transferências oriundas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

QUATRO PRAÇAS, FONTE LUMINOSA

De acordo com a justificativa do Executivo anexada ao projeto original, o banco mineiro abriu edital no último mês de agosto para habilitar operações de crédito com entidades do setor público por meio do programa BDMG Urbaniza. O valor pleiteado pelo nosso município, de R$ 1 milhão, será aplicado na reforma de quatro logradouros: a Praça Oswaldo Costa, com foco especial na recuperação da fonte luminosa; a Praça João Eustáquio da Costa; a praça do bairro Nova Paraguaçu; e a Praça Santa Isabel, no distrito de Guaipava. Para os vereadores, a medida é importante para garantir o avanço de obras que, com recursos próprios, exigiriam um esforço orçamentário que o município possivelmente não teria capacidade de suportar.

“É necessário fazer essas intervenções, como indicam os requerimentos frequentes dos vereadores. Mas pelo valor do projeto, eu acho muito complicado o município dispor de R$ 1 milhão para iniciar essas ações, sabendo que nós temos várias carências e prioridades para serem sanadas”, avaliou Professor Rafael.


“Por outro lado, o BDMG implantou um programa para obras de urbanização. Ele se enquadra perfeitamente dentro dessas propostas de reformas e numa condição de pagamento muito favorável”, complementou.

O vereador Rafael da Quadra comemorou o fato de as obras idealizadas no projeto atenderem reivindicações recorrentes dos parlamentares, mas não deixou de enfatizar que as futuras intervenções nas praças de Paraguaçu contemplem as necessidades de acessibilidade para deficientes físicos. Os discursos do peemedebista Joaquim Bocudo e do democrata José Maria Ramos também ressaltaram os aspectos positivos do projeto e as expectativas de que ele traga melhorias para toda a população.

FINANÇAS PÚBLICAS

Segundo o relator do projeto, Professor Rafael, atualmente o município de Paraguaçu tem firmados quatro empréstimos, com valor total de R$ 285 mil. Três deles terminam já em 2016. A administração pode contrair dívidas na escala de até 120% de sua receita, mas hoje esse valor é significativamente baixo em Paraguaçu, que tem quase R$ 6 milhões em reservas financeiras de crédito. A previsão é de que o contrato firmado com o BDMG garanta o repasse de R$ 800 mil em 2016 e os R$ 200 mil restantes em 2017. Os recursos provenientes da operação de crédito devem ser consignados como receita no orçamento municipal, contendo ainda as dotações necessárias à amortização da dívida e aos pagamentos dos encargos anuais.

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Audiência na Câmara reúne autoridades e lideranças para debater questões relacionadas à segurança pública municipal

 

IDEIAS

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Os casos de violência e criminalidade voltaram a causar preocupação em Paraguaçu de maneira mais intensa nos últimos meses. Em função disso, a Câmara mobilizou-se em torno de uma audiência voltada a discutir caminhos e alternativas para amenizar os problemas verificados no município.

 
Na noite de 15 de outubro, a Comissão de Educação, Saúde, Cultura e Meio Ambiente da Câmara promoveu uma audiência destinada a debater os rumos da segurança pública em Paraguaçu. Ainda que o público presente não fosse numeroso, ele foi participativo e pôde acompanhar um debate bastante produtivo e esclarecedor.

 
Para compor a mesa de discussões, estiveram presentes os vereadores da comissão realizadora, Claudiney Teté, Joaquim Bocudo e Rafael da Quadra, o líder do bloco de oposição na Câmara, vereador Selmo Silva, o comandante da Polícia Militar em Paraguaçu, tenente Waldecy Donizetti Gonçalves, o delegado da Polícia Civil, Eduardo Braga, o presidente da Aciap, da CDL e da Coomap, Nilson Andrade, além dos representantes do Conselho Municipal de Segurança Pública, Paulo Henrique Inoue, e do Conselho Tutelar, Bruno Alves Campos.

 
Por mais de duas horas, a audiência desenvolveu questões relacionadas à segurança com o direcionamento de sete eixos temáticos distintos: segurança comercial; segurança residencial; segurança rural; combate às drogas; policiamento; polícia judiciária, conselho tutelar e patrimônio público.

 

 

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PALAVRA DA POLÍCIA
Já na rodada inicial de discursos, os vereadores explicaram seus objetivos e cobraram maior vigor do poder público para combater o problema.

“Eu pessoalmente venho recebendo várias reclamações sobre a segurança do nosso município, seja do pessoal do comércio, seja nas residências, seja na zona rural. Como vereador, o que eu posso fazer é procurar saber o que está acontecendo e questionar o poder público sobre o que ele pode fazer para ajudar a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Promotoria, o juiz. Eu acho que todos unidos somos mais fortes”, conclamou Selmo Silva.

Enfático em seus comentários, o tenente Waldecy destacou a disposição da Polícia Militar em prestar um serviço de excelência no município, mas revelou que o efetivo paraguaçuense é deficitário. “Nós no momento estamos com 15 policiais militares aqui no município. O previsto são 19 e o ideal, na minha concepção, são 23 na cidade de Paraguaçu”, disse.

“Até o dia 30 de setembro desse ano, a PM realizou 263 prisões e apreensões e até a semana passada havia apenas 30 detentos fechados na cadeia pública. Há uma discrepância muito grande. É culpa do delegado? É culpa do promotor? É culpa do juiz? Não! A culpa é da lei, que é muito branda”, emendou Waldecy.

Para o policial, a tendência inevitável para a segurança pública é o trabalho de vídeo monitoramento, em especial nos pontos de entrada e saída da zona urbana. Ele argumentou ainda que é preciso relativizar a avaliação de que a criminalidade em Paraguaçu está aumentando.
O delegado Eduardo Braga, por sua vez, lamentou o fato de a população de modo geral desconhecer as reais funções da Polícia Civil e, principalmente, a estrutura de trabalho bastante adversa existente em Paraguaçu, o que acaba por dificultar a atuação dos agentes na investigação criminal. De qualquer maneira, ele enfatizou que há caminhos para avançar e que não podemos nos curvar diante das dificuldades.

 

“Infelizmente o modelo assumido pelos últimos governadores e o atual é de que o município seja responsável pela segurança pública, quando na verdade pelas nossas leis esse dever é do governo do estado. Ele é que deveria suprir as nossas necessidades. Mas quando o governador não supre, é correto cruzar os nossos braços, deixando as instituições fracassadas, esmorecendo e encurvando diante da criminalidade?”, provocou o delegado. “Eu acredito que são necessárias algumas ações. Primeira: o deslocamento de políticos da nossa cidade a Belo Horizonte tentando aparelhar tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar com pessoal e viatura e outras coisas. Paralelamente a isso, como medida emergencial, tentar fazer com que o município, até que a realidade se torne boa a nossos olhos, continue nos ajudando”, avaliou Eduardo.

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ACIAP E CONSEP
Falando em nome do setor comercial, o presidente da Aciap e da CDL Paraguaçu, Nilson Andrade, mencionou uma reunião anterior realizada também para discutir ações no ramo de segurança e salientou a necessidade de trabalhar em conjunto no município.

 

“A Associação Comercial e a Câmara de Dirigentes Lojistas abriu suas portas há poucos dias por sugestão da PM para bater um papo e trocar opiniões a respeito do problema da segurança. E naquele dia o sargento Waldecy fez as suas exposições e aconteceram alguns questionamentos. Mas de qualquer jeito a gente fica um pouco preocupado, porque está muito longe daquilo que realmente precisa acontecer aqui em Paraguaçu. É muito fácil fazer críticas, fazer comentários negativos quando as coisas acontecem, mas na hora de vir aqui para trocar opiniões, dar sugestões e ver o que pode ser feito, a gente fica bastante limitado. Eu espero que a coisa caminhe realmente, porque criticar é fácil e ficar à margem dos fatos, na acomodação, é de se lamentar”, ponderou Nilson.

 

O fortalecimento do Conselho Municipal de Segurança Pública como órgão que concentra algumas demandas de segurança e articula o diálogo entre a população e as autoridades surgiu como proposta e um apelo na fala do seu presidente.

“Hoje nós dependemos exclusivamente de doações, inclusive com parceria da Aciap. Para manter o Consep nós gastamos em torno de R$ 1.200, R$ 1.300 e isso para nós hoje está muito difícil. Então eu gostaria de solicitar o apoio dos vereadores e da população”, comentou o advogado Paulo Henrique Inoue.

 

De acordo com Paulo Henrique, o Consep adquiriu recentemente um decibelímetro, aparelho que mede o volume emitido por carros de som e vai ajudar os policiais no trabalho de contenção da perturbação sonora.

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PROPOSTAS OFICIALIZADAS
Depois da audiência, a comissão da Câmara que organizou o evento prepara um documento final contendo as propostas debatidas no encontro. O material em seguida será remetido às instâncias públicas municipais e servirá de guia de ação para os vereadores.

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Câmara de Paraguaçu lança livro do pesquisador Guilherme Prado que analisa a trajetória centenária do Legislativo municipal

 

NOITE DE GALA

São raríssimas as ocasiões em que políticos dos mais diversos matizes reúnem-se às dezenas em clima amistoso para uma grande confraternização. Assim foi a noite de 9 de outubro em Paraguaçu, quando a Câmara Municipal promoveu o lançamento do mais novo livro do pesquisador Guilherme Prado.

Em “A história de um Legislativo: do Carmo a Paraguaçu”, Guilherme utilizou sua incomparável capacidade de descobrir e compilar dados perdidos no tempo para sistematizar a história da Câmara e retomar a atuação de cada um dos 156 vereadores que já exerceram mandato em Paraguaçu. Boa parte deles prestigiou o evento ou foi representada por familiares diretos, retomando antigos contatos e relembrando episódios marcantes dos trabalhos legislativos desenvolvidos ao longo de mais de um século.

Cada um dos vereadores presentes ou representados ganhou um exemplar do livro e teve sua memória reconhecida e eternizada por meio de uma exposição de fotos aberta no Espaço Cultural Gregório de Léllis Gavião, na sede da própria Câmara. A cerimônia também exibiu um vídeo preparado pelo autor para apresentar a obra e contou com a afinação do duo de saxofone e violão Jonas Henrique e Cleyton Cassimiro. “Para a Câmara de Paraguaçu, o lançamento do livro é mais uma ação entre várias que vêm sendo implementadas para aproximar o Legislativo da comunidade paraguaçuense e torná-lo um poder mais versátil, que funciona não apenas como uma casa de leis, mas também como uma casa da cultura”, destacou o presidente da Câmara, Marlon Tomé, no discurso de abertura da solenidade.

Presidente no período em que a ideia do livro foi lançada, o vereador Professor Rafael também discursou no sentido de valorizar as iniciativas culturais que resgatam a história do município. “Este livro é uma valorização do passado e daqueles que deram parte de si em favor de uma cidade melhor. Um município que não valoriza seu passado não avança em direção ao futuro”, enfatizou Rafael, a quem coube a missão de prefaciar o livro.
Satisfeito com a receptividade da obra, Guilherme agradeceu o apoio dos vereadores e dos amigos e, antes de receber os cumprimentos pelo lançamento da obra, narrou alguns episódios marcantes da história centenária do Legislativo paraguaçuense.

 

O LIVRO

O lançamento do livro concluiu um trabalho que se estendeu por mais de dois anos, período em que Guilherme Prado se debruçou sobre os arquivos para examinar a história do Poder Legislativo municipal desde que o antigo Carmo da Escaramuça se emancipa e se organiza como cidade. Além de consultar os volumosos livros de atas e documentos internos do Legislativo, o pesquisador realizou diversas entrevistas com lideranças políticas locais, visitou cidades vizinhas e procurou por parentes e referências de antigos vereadores até em outros estados da federação.

O resultado é um documento precioso para o registro histórico de Paraguaçu, que refaz a trajetória da instância de poder onde teve início a caminhada independente do município. Pelas páginas do livro o leitor encontra um guia de fácil compreensão sobre a vida dos 156 cidadãos que já exerceram atividade parlamentar na cidade, relembrando os feitos de gente que, a sua maneira, exerceu o espírito de coletividade e contribuiu para o desenvolvimento local. E não é só. O autor promove ainda uma viagem expressa a cada uma das 25 legislaturas que construíram o presente que hoje podemos desfrutar, analisando seus principais fatos e contextualizando-as de acordo com o momento vivenciado na cidade, no estado e no país.

CORREÇÕES

Com mais de 200 páginas, o livro “A história de um Legislativo: do Carmo a Paraguaçu” conteve alguns erros pontuais, que serão corrigidos caso uma segunda edição seja impressa. Antes que isso aconteça, ficam registradas aqui as correções. Três nomes de vereadores não constam no índice. São eles José de Lellis Gavião, Domingos Sávio Oliveira e Wander Tavares Santos. E o nome de um dos autores utilizados como referência de pesquisa foi grafado incorretamente: é Ricardo Moreira Rebello, e não Ricardo Mello.

Confira a galeria completa de fotos clicando aqui.

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Com poucas mudanças com relação a 2015, orçamento municipal para 2016 sobe ligeiramente e se aproxima dos R$ 50 milhões

 

CONTAS PÚBLICAS

A temporada de elevações generosas parece ter chegado ao fim para o orçamento público de Paraguaçu. Pelo segundo ano consecutivo, a previsão é que a alta nos números contemple apenas a recomposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Encaminhado à Câmara no dia 1º de setembro, o projeto da Lei Orçamentária Anual apresenta a estimativa de receitas para 2016 com uma alta de 5,92%. O montante com que o município deve trabalhar no próximo ano é de R$ 49.989.646,34, enquanto o valor manejado agora em 2015 deve fechar na casa dos R$ 47,1 milhões.

Como assinala o projeto do Executivo, não há previsão de crescimento das receitas oriundas da cobrança dos tributos locais — IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), ISS (Imposto Sobre Serviços), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) — nem dos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

SALDO DISCRETO
Ainda que os números absolutos do orçamento gerem algum tipo de impacto positivo, a percepção é que 2016 não será um ano de grandes empreitadas do poder público municipal. Dos R$ 49,9 milhões totais, mais de R$ 7 milhões são divididos entre a Câmara e o Fundo Previdenciário Municipal, que não possuem prerrogativa de realizar investimentos concretos.

Dos R$ 42,7 milhões que restam ao Executivo, nada menos que R$ 20,5 milhões são destinados ao pagamento dos servidores e agentes políticos e outros R$ 16,8 milhões vão para a manutenção dos serviços já existentes. Com isso, a previsão é que o dinheiro livre para investimentos em obras e aquisição de materiais atinja a marca de R$ 4,8 milhões.

OBRAS MAIS, ASSISTÊNCIA SOCIAL MENOS
Os números inscritos num projeto de alta complexidade como o da Lei Orçamentária Anual funcionam mais como uma referência contábil da administração, já que não há garantias de que a estimativa estabelecida agora vá mesmo se cumprir ao longo do ano que vem. De qualquer maneira, as divisões orçamentárias indicam mais ou menos como a gestão pretende conduzir os rumos da cidade no próximo exercício administrativo.

Como já acontecera na estimativa para 2015, novamente o setor de Obras deve receber incrementos financeiros, agora na casa dos R$ 500 mil. Por outro lado, a maior queda deve ser registrada na secretaria de Esporte e Lazer, com queda superior a R$ 340 mil.

Outras reduções, embora pequenas, são notadas nas pastas de Agricultura e de Assistência Social. Já os setores de Educação e Saúde, que por determinação legal devem cumprir percentuais orçamentários mínimos, continuam o viés de alta já verificados agora em 2015.

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS NA AGENDA
Mais conhecida pela sigla LOA, a Lei Orçamentária Anual é um projeto discutido necessariamente no segundo semestre na Câmara, a quem cabe a premissa de examinar em detalhes os números e fazer as alterações que os vereadores julgarem necessárias. Para isso o Legislativo também vai organizar uma série de audiências públicas abertas à participação da população, eventos em datas ainda a serem definidas.

Orçamento 2015 Loa para site

Orçamento 2015 Loa para site

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Audiência pública realizada por comissão da Câmara elabora propostas de melhoria para o setor de saúde

 

PARTICIPAÇÃO POPULAR

Na noite de 20 de agosto, a Câmara de Paraguaçu promoveu uma audiência pública para discutir problemas e apontar caminhos para um setor de extrema relevância da administração pública.

Organizada pela comissão de Educação, Cultura, Saúde e Meio Ambiente da Câmara, a audiência debateu os problemas do atendimento de saúde no município. O encontro reuniu vereadores e cidadãos interessados no tema, que tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e fazer reivindicações.

O propósito do evento era trabalhar cinco eixos temáticos, de maneira a contemplar o setor de forma ampla. Foram analisados os eixos atendimento do pronto-socorro, distribuição de medicamentos, especialidades médicas, funcionamento dos PSFs e judicialização da saúde.

O público presente registrou suas ideias em formulários preparados pela Câmara e as propostas de melhoria vão compor um documento final a ser encaminhado às autoridades de saúde do município. A audiência foi liderada pelos vereadores Claudiney Teté e Rafael da Quadra e composta ainda por Joaquim Bocudo e Selmo Silva.

PROPOSTAS DA AUDIÊNCIA
Eixo 1: Atendimento no pronto-socorro
Melhorar o atendimento médico de forma geral
Diminuir o tempo de espera dos atendimentos
Aprimorar o sistema de atendimento da ambulância

Eixo 2: Judicialização da saúde
Evitar que casos de fornecimento de remédios e de leite especial cheguem à Justiça

Eixo 3: Funcionamento dos PSFs
Ampliar horário de atendimento médico
Melhorar agendamento de consultas

Eixo 4: Distribuição de medicamentos
Aprimorar sistema de entrega
Evitar falta de remédios, em especial os de uso contínuo

Eixo 5: Especialidades médicas
Disponibilização de neurologista
Diversificação das especialidades
Ampliação

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Plano decenal aprovado na Câmara estabelece metas para a educação em Paraguaçu até 2024

 

EDUCAÇÃO PÚBLICA

Se houver alguma razão nas palavras do filósofo alemão Immanuel Kant quando afirmou que é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade, Paraguaçu acaba de dar um passo importante para evoluir. No último dia 23 de junho a Câmara analisou um dos projetos mais relevantes para o futuro do município. Encaminhada pelo Executivo, a matéria aprovada por unanimidade pelos vereadores oficializa o chamado Plano Municipal de Educação, que formaliza uma série de metas e ações para o setor até o ano de 2024.

O plano decenal municipal toma por base o Plano Nacional de Educação, medida prevista em lei federal desde 2001 mas que só no ano passado ganhou status de política pública efetiva. Ele renova o plano anterior, que vinha sendo seguido, mas não encontrava respaldo na legislação federal, como acontece agora.A ideia é que o plano seja a lei norteadora do ensino em Paraguaçu, como um guia de ação a apontar de maneira clara como a educação municipal se encontra atualmente e qual estágio deve atingir no espaço de uma década. “Com o plano a gente tem a certeza da continuidade, já que o que se deve fazer está definido. Secretaria municipal, secretaria estadual e MEC [Ministério da Educação] têm um plano traçado e agora temos que tentar cumprir as metas da melhor maneira possível”, observa a secretária municipal de Educação e Cultura, Eliza Helena Silva Dias.

 

PROJETO COLETIVO

É impossível antecipar o desempenho do município no cumprimento de objetivos de longo prazo, mas a elaboração do plano é, por si só, um avanço significativo. O projeto estabelece objetivos concretos para todos os níveis e modalidades de ensino, para a formação e a valorização do magistério e para o financiamento e a gestão da educação.

 

Além de dez diretrizes básicas, a matéria contém ainda anexos que contemplam, em três partes, um extenso diagnóstico sobre o município, uma lista de metas e estratégias e os indicadores para monitoramento e avaliação da evolução das metas do plano. Todo o trabalho de elaboração foi conduzido por mais de um ano. “O plano vem sendo discutido pela sociedade desde a última conferência de educação, por uma equipe composta por profissionais representando todas as escolas do município. No final as ideias debatidas em grupo foram condensadas no projeto aprovado pela Câmara”, explica o vereador e professor José Rafael de Souza. “O aspecto importante é que o plano ultrapassa governos. Ele estabelece o que é prioridade do município, não de administrações”, complementa.

 

De acordo com o projeto, o município deve promover pelo menos duas conferências de educação até o final da vigência do plano, além de realizar avaliações do trabalho realizado com periodicidade mínima de dois anos. O município também deve aprovar leis específicas disciplinando a gestão democrática da educação pública e orientar suas diretrizes orçamentárias de maneira a assegurar a execução do plano decenal.

 

Nos tópicos que seguem, o Câmara Online detalha cada uma das 20 metas estipuladas pelo Plano Municipal de Educação 2014-2024.

 

Tópico: Educação infantil

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até 2024.

Situação atual: O percentual de crianças de 4 a 5 anos que frequentam a escola em Paraguaçu é de 85,91%. Entre as crianças de até três anos, 26,51% estão na escola.

 

Tópico: Ensino fundamental

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de 6 a 14 anos de idade e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada até 2024.

Situação atual: O percentual de crianças de 6 a 14 anos que frequentam a escola em Paraguaçu é de 99,4%. Já o percentual de distorção idade-série do ensino fundamental é de 19,7%.

 

Tópico: Ensino médio

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos de idade e elevar, até 2024, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%.

Situação atual: O percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola em Paraguaçu é de 85,9%. Já o percentual de distorção idade-série do ensino médio é de 20,9%.

 

Tópico: Inclusão

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia do sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Situação atual: Não há dados específicos para o monitoramento desta meta.

 

Tópico: Alfabetização infantil

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano do ensino fundamental.

Situação atual: Os resultados de Paraguaçu na Avaliação Nacional da Alfabetização são divididos em quatro níveis de acordo com as turmas de alunos. No item Proficiência em leitura, os índices são de 11,37%, 28,85%, 38,18% e 21,60%. No item Proficiência em escrita, os índices são de 10,75%, 10,42%, 7,32% e 71,51%.

 

Tópico: Educação integral

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.

Situação atual: O percentual de escolas públicas de Paraguaçu com alunos que permanecem ao menos sete horas em atividade é de 45,5%. Já o percentual de alunos que permanecem ao menos sete horas em atividade escolar é de 17,9%.

 

Tópico: Qualidade da educação básica

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as médias nacionais para o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Situação atual: Em 2015 o Ideb de Paraguaçu está estipulado em 5,2 para os anos iniciais do ensino fundamental, 4,7 para os anos finais do ensino fundamental e 4,3 para o ensino médio. A meta para 2021 é chegar, respectivamente, a 6,0, 5,5 e 5,2.

 

Tópico: Elevação da escolaridade

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade, de a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo até 2024.

Situação atual: Não há dados específicos para o monitoramento desta meta.

 

Tópico: Alfabetização de jovens e adultos

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos de idade ou mais para 93,5% até 2015 e, até 2024, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Situação atual: O percentual de analfabetismo da população acima de 15 anos em Paraguaçu é de 6,35%.

 

Tópico: Educação para jovens e adultos integrada

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Situação atual: Em Paraguaçu, as matrículas nessa modalidade de ensino ainda não existem.

 

Tópico: Educação profissional

Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público.

Situação atual: Paraguaçu registrou 29 matrículas em educação profissional técnica de nível médio.

 

Tópico: Educação superior

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos de idade, assegurada a qualidade da oferta, e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas no segmento público.

Situação atual: Paraguaçu não possui instituições de ensino superior e não há dados precisos sobre o número de universitários paraguaçuenses.

 

Tópico: Qualidade da educação superior

Meta 13: Fomentar a qualidade da educação superior da região e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente do município.

Situação atual: Paraguaçu não possui instituições de ensino superior.

 

Tópico: Pós-graduação

Meta 14: Incentivar o número de matrículas na pós-graduação strictu sensu.

Situação atual: Paraguaçu não possui instituições de ensino superiore não há dados específicos para o monitoramento desta meta.

 

Tópico: Profissionais de educação

Meta 15: Garantir até 2016, em regime de colaboração entre União, estados e município, a política nacional de formação dos profissionais da educação, assegurando que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Situação atual: Não há dados específicos para o monitoramento desta meta.

 

Tópico: Formação continuada

Meta 16: Manter em nível de pós-graduação 50% dos professores da educação básica até 2024 e garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualização dos sistemas de ensino.

Situação atual: O percentual de professores da educação básica com pós-graduação em Paraguaçu é de 31,7%.

 

Tópico: Valorização do professor

Meta 17: Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Situação atual: Em Paraguaçu, o salário médio do professor municipal corresponde a 68,59% da média salarial dos outros profissionais com formação superior.

 

Tópico: Plano de carreira docente

Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica pública e tomar como referência o piso salarial nacional profissional definido em lei federal.

Situação atual: Não há dados específicos para o monitoramento desta meta.

 

Tópico: Gestão democrática

Meta 19: Assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública da comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas.

Situação atual: Não há dados específicos para o monitoramento desta meta.

 

Tópico: Financiamento

Meta 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB (Produto Interno Bruto) do país até 2019 e, no mínimo, o patamar de 10% do PIB do país até 2024.

Situação atual: O monitoramento desta meta é nacional.

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Aprovado na Câmara, projeto revoga fragmentos de lei municipal que previam sacrifício de animais em Paraguaçu

 

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

De tempos em tempos as leis exigem algum tipo de revisão, sob pena de se mostrarem obsoletas. Foi o que fizeram os vereadores de Paraguaçu no último dia 2 de junho, quando a Câmara aprovou por unanimidade um projeto de lei que revoga dois parágrafos de uma lei municipal de 1977, o chamado Código Administrativo.

Firmado pelos vereadores Marlon Tomé, Professor Nildo e Professor Rafael, o projeto ataca um anacronismo que nos dias de hoje causa, no mínimo, estranheza. A revogação atinge o artigo 102 da lei 675, que determina que os cães encontrados nas vias públicas serão apreendidos e recolhidos ao depósito da Prefeitura. O parágrafo primeiro afirma que “tratando-se de cão não registrado, será o mesmo sacrificado, se não for retirado por seu dono, dentro de dez dias, mediante o pagamento da multa e das taxas respectivas”. E o parágrafo segundo complementa: “Os proprietários dos cães registrados serão notificados, devendo retirá-los em idêntico prazo, sem o que serão os animais igualmente sacrificados”.

Na prática, a revogação era redundante porque a legislação federal já não permitia há algum tempo o sacrifício de animais em todo o território nacional. Ainda assim, os autores do projeto consideraram prudente revogar os parágrafos do Código Administrativo municipal.


“Nós sabemos que a prática do sacrifício felizmente não é utilizada, porém é extremamente antiquado nós termos essa questão prevista na nossa legislação”, ponderou Professor Rafael. “Embora a legislação federal já proibisse o sacrifício de cachorros, acho que o projeto tira definitivamente uma vergonha das nossas leis”, salientou Professor Nildo.


“A lei federal já revogou tacitamente todas as leis municipais que legislavam a respeito do sacrifício de animais. Então não haveria nem necessidade, mas a gente está fazendo isso só para evitar que alguma pessoa desavisada ou mal intencionada faça uso dos parágrafos que preveem o sacrifício”, complementou Marlon Tomé.

No plenário, os vereadores mencionaram ainda um recente mal entendido gerado nas redes sociais justamente em função do anacronismo dos parágrafos que agora estão sendo revogados do Código Administrativo. Rafael da Quadra, por exemplo, mostrou-se contrariado com a repercussão negativa do caso na internet, uma vez que o município (e muito menos a Câmara) não autoriza o sacrifício animal. Selmo Silva, por sua vez, posicionou-se favorável à matéria, que ele classifica como um ato de “desencargo de consciência”.

É PRECISO AVANÇAR

Se a revogação dos artigos configura uma medida até certo ponto de cautela, os autores do projeto mostraram-se conscientes de que a questão dos animais de rua é bem mais complexa e exige intervenções mais planejadas.


“Só o projeto não vai garantir a proteção animal, é claro. É necessária uma política mais ampla sobre o tema, que amplie as castrações, garanta a conscientização das pessoas sobre a posse responsável do animal e também promova campanhas de adoção”, esclareceu Professor Rafael.


“Felizmente houve uma evolução muito grande da sociedade, que já não aceita em hipótese alguma a matança ou o sacrifício de animais, mormente de cães. Mas nós temos que tomar outras providências: estabelecer a posse responsável, evitar que as cadelas procriem indefinidamente através da castração e o poder público fazer a sua parte. A gente tem trabalhado muito nesse sentido”, concluiu Marlon Tomé.

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Audiências públicas definem propostas de alteração do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2016 em Paraguaçu

 

ORÇAMENTO MUNICIPAL

Mais uma vez a Câmara de Paraguaçu abriu suas portas para a discussão em torno do orçamento do município para o ano de 2016. Nos dias 1º e 2 de junho, os vereadores receberam os cidadãos para as já tradicionais audiências públicas da LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Uma vez por ano, sempre no primeiro semestre, a Câmara promove este encontro, destinado a discutir as orientações do orçamento do próximo exercício administrativo. O projeto original é enviado pelo Executivo e, durante as audiências, vereadores e cidadãos podem sugerir intervenções à matéria.

Foi o que aconteceu agora em 2015, novamente com o modelo das audiências setoriais. Divididos em duas etapas, os encontros examinaram uma a uma as propostas já listadas na proposta do Executivo. A partir de uma apresentação em projeções visuais, o público teve a oportunidade de intervir na matéria, sugerindo alterações, acréscimos e supressões que pareceram convenientes. A reportagem do Semana Legislativa tem as informações.

Na tarde de 1º de junho a audiência da LDO debateu as áreas de Desenvolvimento Econômico; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Educação e Cultura; Esporte e Lazer; e Obras. Já na noite de 2 de junho o evento analisou as áreas de Saúde; Assistência Social, Trabalho e Habitação; Planejamento; Administração; Finanças; Funprev; e Legislativo.

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TRIAGEM DAS PROPOSTAS
Com as sugestões do público em mãos, os vereadores se reuniram na tarde de 11 de junho para definir quais ideias podem ser aproveitadas como emendas à LDO 2016. Dessa maneira, as modificações propostas serão as seguintes:

• Inserção do tópico “Manutenção do canil municipal” como atribuição da seção de Vigilância Sanitária
• Na secretaria de Educação: realização de treinamentos e aperfeiçoamento dos professores; e contratação de monitores para auxiliar no transporte escolar
• Na secretaria de Saúde: integração em rede dos computadores da área; e desenvolvimento de políticas públicas de proteção dos animais
• Na secretaria de Obras: implantação de serviços de incineração do lixo proveniente da varredura dos cemitérios municipais; e manutenção do transporte coletivo urbano e rural
• Na secretaria de Esporte e Lazer: implantação de convênio com a Associação Marolo Motoclube; e construção e manutenção de pista de skate
• Na secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação: Criação do Creas, o Centro de Referência Especializada de Assistência Social; manutenção do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; e manutenção do Conselho Tutelar
• Na secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento: realização de treinamentos de servidores para manutenção de estradas rurais
• Na secretaria de Cultura: incentivo às bandas marciais
• Na secretaria de Fazenda: criação da Guarda Municipal; e instalação de câmeras de segurança

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AINDA NO PRIMEIRO SEMESTRE
Agora os projetos de emenda vão a votação em dois turnos no plenário, provavelmente já na próxima terça-feira, junto com o próprio projeto da LDO 2016. Só depois de aprovadas as matérias é que a Câmara pode entrar no recesso parlamentar do meio do ano.

 

 

porCâmara Municipal de Paraguaçu

Para estabelecer diagnóstico mais preciso do sistema de saúde municipal, Câmara cria comissão de assuntos relevantes

 

ALÉM DO PLENÁRIO

Um dos setores mais delicados da administração pública vai ganhar uma atenção especial da Câmara de Paraguaçu. Na sessão ordinária da tarde de 5 de maio, os vereadores aprovaram um projeto de resolução que autoriza a criação de uma comissão parlamentar encarregada de fazer um diagnóstico completo sobre o sistema de saúde do município. A novidade gerou discussão em plenário, mas foi aprovada por unanimidade pelos edis.

A proposta de criação da comissão de assuntos relevantes para elaboração de um diagnóstico do sistema de saúde de Paraguaçu partiu do vereador Professor Rafael, que explicou a iniciativa do projeto argumentando que um dos setores mais delicados da gestão pública exige dos vereadores uma abordagem mais precisa, com análises aprofundadas e dados concretos.

“A intenção é fazer com que nós vereadores tenhamos informações, dados precisos sobre a situação da saúde no nosso município. De posse disso, nossa atuação como vereador para melhorar a saúde do município pode ser mais precisa, porque nós vamos entender completamente, não por ‘achismo’, mas com base em dados reais”, destacou Rafael.

Historicamente, o setor tem sido o maior foco de reclamações da população junto ao Legislativo, mesmo sendo a Saúde a área que mais recebe investimentos do poder público em Paraguaçu. Nesse sentido, constatou-se a necessidade de compreender melhor o funcionamento, financiamento, programas e ações da Saúde em nosso município, tendo em vista a necessidade de complementá-los e aperfeiçoá-los.

A comissão criada fica encarregada de estabelecer um diagnóstico que contemple todas as ações do setor de Saúde, com informações, dados e estatísticas que indiquem os problemas e apontem possíveis soluções. O grupo será representado por três membros, de maneira a representar as bancadas constituídas na Câmara Municipal: Claudiney Teté, Professor Nildo e Professor Rafael. O prazo final para apresentação do diagnóstico é o dia 31 de dezembro de 2015.

A matéria foi bem acolhida pelo petista Professor Nildo, mas recebeu ressalvas por parte do oposicionista Selmo Silva durante a votação em plenário.

“Nós estamos vendo que no nosso país o sistema de saúde atravessa uma grave crise. As cidades não têm médicos, não têm hospitais, não têm remédios. Mas o pouco que nós temos, nós temos que utilizá-lo de uma forma bem adequada. Então é interessante que nós possamos conhecer de perto a nossa realidade”, afirmou Nildo.

“Estou de acordo que se faça a comissão, para que a gente possa se inteirar mais do assunto. Mas o diagnóstico nós já sabemos: a situação da saúde no nosso município está um caos”, salientou Selmo.

PRIMEIROS MOVIMENTOS

O primeiro encontro da comissão relevante aconteceu na tarde de 3 de junho, quando os vereadores Claudiney Teté, Professor Nildo e Professor Rafael definiram os primeiros eixos de ação do grupo.

A princípio, a comissão programou reuniões na secretaria municipal de Saúde, nas unidades de PSF (Programa Saúde da Família), na policlínica, na sede regional do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e no Hospital São Francisco de Assis, de maneira a obter dados e manter contato com os profissionais de saúde do município.

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